Conteúdo/ODOC - Durante a cerimônia de comemoração pelos 158 anos de Várzea Grande, realizada nesta quinta-feira (15), o vice-prefeito Tião da Zaeli (PL) fez um discurso contundente contra a baixa qualidade de algumas obras públicas no município e cobrou uma mudança de postura da administração e da fiscalização. Sem poupar críticas, ele afirmou que é preciso dar fim à “cultura do mais ou menos” que, segundo ele, marca a execução de serviços em diversas áreas da cidade.
“Tem obra com pouco mais de um ano que já está derretendo. Isso não pode mais acontecer. Nós precisamos parar com essa cultura de fazer tudo pela metade”, declarou o vice-prefeito, dirigindo-se aos vereadores presentes e pedindo mais rigor na fiscalização dos contratos e das empreiteiras.
A fala de Tião ocorreu durante o anúncio de novas obras de pavimentação asfáltica no Bairro Paiaguás, ao lado da prefeita Flávia Moretti (PL). Ele ainda levantou dúvidas sobre a durabilidade das estruturas construídas no município. “Será que o solo de Várzea Grande é diferente? Será que ele não compacta?”, ironizou.
Além das críticas à pavimentação, o vice-prefeito voltou a apontar falhas históricas no sistema de abastecimento de água da cidade, um problema que afeta moradores de diversos bairros há décadas. Ele reforçou a necessidade de modernizar o Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG), frequentemente alvo de reclamações.
Segundo Tião, apesar de Várzea Grande já ter capacidade de produção e captação de água suficiente, o problema está na distribuição. “É sempre o feito pela metade. Onde deveria ter um cano de amianto, colocaram plástico. Aí não aguenta. Temos que mudar isso”, disse.
Ao final do discurso, o vice-prefeito fez um apelo por mudança de postura. “Vamos gritar, cobrar, fiscalizar. O povo merece obra bem feita, não serviço que precisa ser refeito depois de um ano”, concluiu.
