A busca por satisfação pessoal é uma jornada que nunca se encerra. Mesmo diante das conquistas, o ser humano mantém-se inquieto, sempre em busca de algo que alimente seu sentido de viver. Essa sede, que parece insaciável, é também o motor da evolução pessoal e profissional. Somos, antes de tudo, aprendizes da vida — e é nessa condição que devemos interpretar nossas experiências, fracassos e
conquistas.
Em vez de repetir erros do passado, o ideal é olhar para frente, lançar-se em novos projetos e alimentar objetivos que deem sentido à existência. Esse movimento constante — de tentar, arriscar, realizar — é um antídoto natural contra as crises emocionais passageiras, especialmente aquelas que decorrem do sentimento de
estagnação.
É nesse ponto que se destaca uma armadilha comum: a vaidade inflada por elogios vazios. Muitas vezes, somos enaltecidos não por mérito real, mas por interesses alheios que se escondem sob palavras bonitas. Confundir isso com reconhecimento genuíno pode nos levar à ilusão. Por outro lado, críticas duras e censuras injustas também não devem nos desmotivar.
O olhar do outro muitas vezes carrega invejas disfarçadas — há quem veja em nossos sonhos o reflexo daquilo que não conseguiu realizar. Sonhar, aliás, é parte vital do processo de crescimento. Os sonhos nos conduzem para além dos limites do possível. Eles carregam em si um misto de ousadia e êxtase — uma energia que só quem se permite imaginar e planejar consegue acessar. E é justamente essa
motivação, esse impulso interno, que renova a arte de ser feliz.
Motivação pode vir de diversas fontes — algumas positivas, outras negativas. Mas o que diferencia os realizadores dos demais é a persistência. Os verdadeiros realizadores não abandonam seus sonhos no meio do caminho. Seguem em frente, enfrentam os obstáculos e transformam suas ideias em realidade. No mundo contemporâneo, em que a pressa e o imediatismo dominam, é fundamental resgatar essa consciência: satisfação pessoal não é um destino, é um caminho. E só percorre esse caminho quem tem coragem de sonhar, de arriscar, e, acima de tudo, de continuar.
Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e
pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências
Econômicas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com