Estão aparecendo números interessantes sobre Mato Grosso. No geral, seja aqui ou fora, se tem números não muitos bons sobre esse ou aquele momento de um lugar. Não custa nada colocar também dados positivos sobre uma realidade.
Começando por um do IBGE. Na Pesquisa por Amostra de Domicilio o estado tem o segundo menor índice de desigualdade do país, só perde para Santa Catariana. Está na sétima posição em renda média ou 3.402 reais. A menor taxa de desigualdade do Centro Oeste. Se é a segunda menor do país é óbvio que seria campeão nessa área na região central do país.
Essa pesquisa mostrou ainda que 65% da população do estado tinha algum tipo de renda. Mais um dado: 13,7% da população recebe o Bolsa Família. Tem lugar no país que esse número é quase astronômico. Aqui nem tanto, perde apenas, outra vez, para Santa Catarina com 4,4%.
O Banco do Brasil tem uma estatística também, Resenha Regional. MT terá o maior crescimento do PIB em 2025, 5,8%. O crescimento do agronegócio no estado este ano deve ser de 10.8%. Indústria 6,7% e serviço 3.4%. É óbvio que é o maior do Centro Oeste.
No Ideb, já comentado neste espaço, o estado saiu da posição 22 do país para a oitavo lugar. Um forte salto em ensino básico. Falam que pode ir à quinta posição até 2026. Seria algo para se comemorar mesmo.
A carne bovina também mereceu por esses dias destaque pelo crescimento. O estado pode exportar em 2025 mais de 140 mil toneladas, com entrada de 3.8 bilhões de reais. Esta exportação de carne bovina é 17% maior que em 2024. China compra 41% da exportação.
Este país é o caminho para agora e o futuro. E mais forte ficaria essa ligação com a ferrovia que os chineses querem construir ligando o Pacifico ao Atlântico, como já comentado nesse espaço. A visita recente de Lula à China mostrou a afinidade crescente entre os dois lados. Será maior do que com a União Europeia ou EUA.
É incrível o que MT tem feito na área do agronegócio, com crescente produção de soja, milho, algodão e carne bovina. Lá atrás ninguém imaginava que isso iria ocorrer. Alias, como já se comentou nesta coluna, houve certo ceticismo com as coisas daqui quando da separação do estado em 1977. Que o sul seria muito melhor por ter ferrovia e está perto de São Paulo. Hoje este Mato Grosso dá um baile em produção no campo e exportação no antigo sul do estado.
É claro que se tem aqui ainda problemas sociais que precisam ser enfrentados. Muita gente passando necessidades básicas, como aliás a coluna já mostrou em outros momentos.
Mas é que, com números de pesquisa sérias, dá vontade de enveredar por ai para mostrar dados positivos deste momento.
Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político.
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