TIRO NA NUCA

Médico é indiciado pela PC por feminicídio e mais seis crimes contra namorada de 15 anos

· 1 minuto de leitura
Médico é indiciado pela PC por feminicídio e mais seis crimes contra namorada de 15 anos
O crime ocorreu no último dia 3, quando o casal voltava de uma festa sob efeito de álcool

Conteúdo/ODOC - O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, foi indiciado por sete crimes relacionados à morte da adolescente Kethlyn Vitória, de 15 anos, ocorrida na madrugada do dia 3 de maio em Guarantã do Norte (715 km de Cuiabá). A informação foi confirmada nesta sexta-feira (16) pelo delegado regional Wander dos Santos Neves, responsável pela investigação do caso.

Segundo o delegado, Bruno responderá por feminicídio com dolo eventual, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo, dano ao patrimônio público, dirigir sob efeito de álcool, fornecer bebida alcoólica a menor de idade e entregar veículo a pessoa não habilitada.

A investigação revelou que o médico mantinha um relacionamento com a vítima desde que ela tinha 14 anos. No dia do crime, após os dois consumirem bebidas alcoólicas em um bar da cidade, o médico fez um disparo dentro de seu veículo, atingindo a adolescente na cabeça. Ela morreu ainda no local.

De acordo com o delegado Wander, Bruno assumiu o risco de matar a vítima ao puxar o gatilho da arma, mesmo dizendo acreditar que ela estava descarregada. “Uma pessoa que está embriagada, com uma adolescente no colo, que porta uma arma e aciona o gatilho dentro de um veículo, assume totalmente o risco de provocar o resultado. Por isso, ele vai responder por feminicídio com dolo eventual”, explicou o delegado.

Após o crime, o médico fugiu do local e permaneceu foragido até ser preso preventivamente no estado do Pará. Durante interrogatório, ele admitiu que havia consumido álcool e afirmou que “bebeu razoavelmente bem” antes de dirigir.

Bruno também foi indiciado por danos ao patrimônio público, já que teria causado destruição dentro do hospital municipal ao ser informado da morte da adolescente. A Polícia Civil ainda apura se houve negligência por parte da unidade de saúde, que não teria acionado imediatamente a Polícia Militar após o ocorrido.

0:00
/4:32