Conteúdo/ODOC - A eleição que definiria a nova diretoria da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF) foi suspensa pela Justiça nesta sexta-feira (2), a poucas horas da realização do pleito. A decisão liminar foi proferida pela juíza Glenda Moreira Borges, durante plantão do Direito Privado, atendendo a dois pedidos distintos que apontam falhas e ilegalidades no processo eleitoral da entidade.
A votação estava marcada para as 9h deste sábado (3), na sede da FMF, em Cuiabá. A decisão judicial foi cumprida por um oficial de justiça ainda na noite de sexta-feira, impedindo a realização da assembleia.
Um dos pedidos foi apresentado pela Associação Camponovense Celeiro de Futebol (ACCF), que denunciou, entre outros pontos, a tentativa de recondução do atual presidente, Aron Dresch, para um terceiro mandato consecutivo. A entidade argumenta que a medida viola o estatuto da própria federação, o que foi considerado pela magistrada como uma questão que merece análise detalhada, sob risco de lesão aos princípios que regem a instituição.
Em paralelo, a chapa “Federação Para Todos”, encabeçada pelo empresário João Dorileo Leal, também acionou a Justiça alegando falta de transparência e isonomia no processo. Um dos principais pontos levantados foi a exclusão do clube Campo Novo do Parecis — que apoia a oposição — do colégio eleitoral, por decisão judicial na véspera da eleição. Ao mesmo tempo, surgiram suspeitas de que o clube Juara, supostamente sem regularidade jurídica, teria sido incluído entre os votantes, o que favoreceria diretamente a chapa da situação.
Com a suspensão, o processo eleitoral segue judicializado e ainda não há nova data definida para a votação. A FMF, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre a decisão.
Na disputa estão o atual presidente, Aron Dresch, que tenta se manter no comando da entidade com a chapa Progresso no Futebol, tendo como vices Aluísio Bassani e Geandre Bucair; e o empresário João Dorileo Leal, que lidera a chapa Federação Para Todos, ao lado de Reydner Souza e Leomar Lauxen.