CASO RENATO NERY

Justiça solta policiais militares acusados de forjar confronto com morte em Cuiabá

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Justiça solta policiais militares acusados de forjar confronto com morte em Cuiabá

Conteúdo/ODOC - A Justiça determinou a soltura dos policiais militares da Rotam Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso.

A decisão foi dada pelo juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, nesta quinta-feira (29).

Os policiais estavam presos desde 6 de março, após serem alvos da Operação Office Crime – A Outra Face, conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e que apura o assassinato do advogado Renato Nery.

Eles são acusados de forjar um confronto que terminou com um morto e um ferido para plantar a pistola Glock G17 — usada no homicídio de Nery.

O confronto forjado teria ocorrido na madrugada de 12 de julho de 2024, na Avenida Contorno Leste, no bairro Pascoal Ramos, uma semana após o assassinato do advogado.

Na decisão, o juiz entendeu que não há elementos novos que justifiquem as prisões, afirmando que os policiais colaboraram com as investigações, são réus primários, têm residência fixa e vínculos familiares e profissionais.

“O simples fato de o crime ser grave e envolver agentes públicos não justifica, por si só, a prisão antes do trânsito em julgado”, afirmou o magistrado. “Isso configuraria punição antecipada e afrontaria o princípio da presunção de inocência”, acrescentou.

Os policiais deverão cumprir, entretanto, algumas medidas cautelares, recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h, e durante os dias de folga — exceto em casos justificados.