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Influencer ‘ostentação’ é um dos presos em operação contra fraudes no ‘Jogo do Tigrinho’

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Influencer ‘ostentação’ é um dos presos em operação contra  fraudes no ‘Jogo do Tigrinho’
Luiz Gustavo Almeida foi preso nesta segunda-feira em Cáceres

Conteúdo/ODOC - O influenciador Luiz Gustavo Almeida, de 26 anos, morador de Cáceres, está entre os presos na operação Tiger Hunt, deflagrada na manhã desta segunda-feira (10) pela Polícia Civil.

A ação investiga um esquema de fraude por meio de plataformas de jogos online ilegais, como o “Jogo do Tigrinho”.

Ao todo, a operação cumpriu 21 ordens judiciais, sendo quatro mandados de prisão, cinco de busca e apreensão, além de sequestro de bens móveis e imóveis, quebra de sigilo bancário e telefônico, e suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas.

Luiz Gustavo se apresenta em suas redes sociais como “gamer profissional e investidor esportivo”, além de proprietário da empresa “GGServices”.

Em um stories publicado há 6 horas, ele mostra uma partida em uma plataforma online em que ele ganha R$ 1.675 e diz: “Como é bom saber a hora certa de subir a Bet”.

Logo abaixo, ele garante que os ganhos variam de R$ 500 a R$ 2 mil em apenas cinco minutos. “Plataforma boa é outra história”, escreveu.

As investigações

As investigações conduzidas durante cinco meses pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cáceres identificaram o grupo criminoso, que por intermédio de influenciadores digitais, criou um engenhoso esquema de fraude, que promovia lançamentos diários de novas plataformas de jogos online ilegais, em especial o Jogo do Tigrinho (Fortune Tiger), incentivando seus seguidores a apostar pelos vídeos onde eles apareciam ganhando altos valores, em poucos segundos, e com apostas de valor baixo.

Os investigados se valiam de uma versão de demonstração, que tinha senhas programadas para apresentar resultados vitoriosos no jogo de cassino online, o que não era verdade. Os ganhos fictícios serviam para captar um maior número de apostadores.

As investigações apontaram ainda, que organização comprava CPF de pessoas vulneráveis pelo valor de R$ 50 a R$ 100, forçando-as a realizar um cadastro em contas bancárias digitais, para utilizar em sites de apostas, bem como para lavar o dinheiro das empresas de que são sócios-proprietários.

Durante a investigação, constatou-se o aumento expressivo do patrimônio dos investigados, que adquiriram veículos de luxo, imóveis, motoaquática, joias, além de viagens para destinos turísticos, inclusive frequentando restaurantes caros, ostentando uma vida que a população média não tem acesso.