Conteúdo/ODOC - A presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara Municipal, vereadora Samantha Iris (PL), fez uma declaração contundente nesta terça-feira (20), ao comentar o projeto de lei do vereador Rafael Ranalli (PL) que propõe proibir o atendimento médico-hospitalar a bonecas do tipo “bebê reborn” em unidades de saúde do município.
Durante a sessão, Samantha criticou a prática de pessoas que tratam essas bonecas hiper-realistas como se fossem filhos reais, e sugeriu que o instinto materno fosse canalizado para ações mais concretas.
“Meu recado é para as mães que queiram cuidar de criança: que busquem uma criança para cuidar, porque criança de verdade não é desse jeito. Se a pessoa realmente tem um instinto materno, como ela imagina que têm ali para se aflorar de alguma forma, cuide de uma criança. Tem muitas crianças precisando ser cuidadas”, afirmou a vereadora.
Os chamados “bebês reborn” imitam recém-nascidos com impressionante realismo, e vêm ganhando atenção nas redes sociais por conta de vídeos em que são tratados como filhos — com direito a nomes, roupas, carrinhos e cuidados médicos simulados.
A proposta de Ranalli busca barrar o uso de recursos públicos do SUS em atendimentos simulados com essas bonecas, prevendo inclusive multa de até R$ 10 mil para unidades reincidentes, além da possibilidade de denúncia a conselhos profissionais no caso de médicos e enfermeiros que participem dos atendimentos.
Questionada sobre a prioridade do tema no Legislativo, Samantha reconheceu que o assunto pode parecer menor diante de outras demandas, mas defendeu o espaço para esse tipo de debate.
A proposta ainda passará pelas comissões da Câmara antes de ser levada ao plenário para votação.
