Conteúdo/ODOC - A Operação Poço Sem Fundo, deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), teve como um de seus alvos Rafael Francisco Pinto, chefe de gabinete da vereadora de Cuiabá, Baixinha Giraldelli (PSDB). A ação investiga um esquema de corrupção na ordem de R$ 22 milhões envolvendo a perfuração de poços artesianos em diversos municípios de Mato Grosso.
Conforme apurado pela reportagem do Portal O Documento, o assessor parlamentar recebe um salário de R$ 12 mil, além de Verba Indenizatória. As informações constam no Portal da Transparência da Câmara Municipal.
Além de Rafael Pinto, a operação também mirou o ex-deputado estadual Wagner Ramos e Juliano Jorge Pereira, ex-presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat). Ambos são suspeitos de envolvimento em fraudes relacionadas à execução de obras de perfuração de poços, que teriam sido realizadas com sobrepreço e sem a devida fiscalização.
A investigação aponta que o grupo utilizava recursos públicos destinados à perfuração de poços artesianos para beneficiar empresas específicas, em troca de propina. As obras eram executadas com baixa qualidade e, em muitos casos, sem atender às necessidades das comunidades locais.
A Operação Poço Sem Fundo cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos municípios, incluindo Cuiabá, Várzea Grande e outras cidades do interior do estado. Documentos, equipamentos eletrônicos e outros materiais foram apreendidos para análise.
A vereadora Baixinha ainda não se pronunciou sobre o envolvimento de seu chefe de gabinete na operação. O MPMT continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema e apurar o total de recursos desviados.